História
O Pilar da Bretanha
A Freguesia do Pilar da Bretanha é a mais pequena freguesia do concelho de Ponta Delgada, com cerca de 760 habitantes (Censos 2011), uma área geográfica de 6.000 metros quadrados.
Dista 30 quilómetros do centro de Ponta Delgada e partilha vizinhança com as freguesias de Ajuda da Bretanha, Sete Cidades e Mosteiros.
A existência desta freguesia tem despertado através dos tempos uma natural curiosidade, não só da parte dos micaelenses, mas sobretudo por parte dos numerosos estrangeiros que a visitam e manifestam interesses na sua origem.
Teve origem na extinta freguesia da Bretanha, uma das zonas mais antigas e mais homogéneas devido ao seu povoamento. A sua ocupação, na maioria por povos provenientes da grã-bretanha e da bretanha francesa, foi sem dúvida, a marca que perdura até hoje, com uma cultura muita própria que se manifesta em vários aspetos, nomeadamente na dicção.
A 10 de julho de 2002, após reunidas as condições de viabilidade administrativa e financeira, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, através da publicação do DLR n.º 24 A/2002 decretou por extinção a antiga freguesia da Bretanha e a criação da freguesia do Pilar, tornando assim possível a realização do, há muito esperado, sonho que naturalmente se refletia na ambição de mais e melhores infraestruturas, serviços e qualidade de vida.
O Pilar da Bretanha é hoje uma freguesia com um passado muito rico e com tradições muito próprias. As festividades em honra do divino espirito santo e a cultura do inhame é sem dúvida a bandeira desta freguesia.
Existem outros aspetos típicos que caracterizam a freguesia, tais como a arquitetura do património, como por exemplo a arquitetura da atual igreja paroquial de Nossa Senhora do Pilar, construída em 1680 pelo Capitão Sebastião Álvares de Benevides como ermida sufragânea ao lugar dos Mosteiros, ou a arquitetura dos triatos do Espírito Santo que albergam a Bandeira e a Coroa dos impérios, ou a arquitetura dos fontenários onde antigamente as mulheres lavavam as roupas, ou ainda a tradicional arquitetura das casas com a particularidade de manter em anexo um granel típico de apoio à atividade agrícola.
“São pedras que contam histórias, numa terra pequena que deu grandes frutos” (José Andrade – Lançamento do Guia Cultural do Pilar da Bretanha | Fev 2012)
A Freguesia do Pilar da Bretanha conta com filhos ilustres, tais como o jornalista Manuel António de Vasconcelos, fundador do jornal “Açoriano Oriental”, há poucos anos homenageado com a atribuição do seu nome à antiga escola primária do Pilar; O médico Manuel Caetano Pereira, que foi cônsul honorário de Portugal nos Estados Unidos da América em 1931; o Padre Octávio Reis, o primeiro sacerdote nascido na freguesia, que teve um papel fundamental na investigação da história local. Esta freguesia foi ainda berço de grandes cantadores populares que através das suas músicas e quadras de improviso relatavam as vivências da nossa terra, deles salientamos Manuel Virgílio da Ponte, Gabriel Medeiros, Manuel Sousa Costa.
O Pilar da Bretanha é uma freguesia acolhedora de tradições e costumes únicos que se conservam até hoje e que se pretende transmitir às gerações vindouras.